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Começamos por subir por esta montanha de pedra pomes, que outrora foi explorada para usos industriais e agrícolas. A pedra pomes é o produto de erupções explosivas devido aos gases no magma, ao chegar ao exterior ocorre um fenómeno como o desarrolhar do champanhe e essas “espuma do desarrolhar” vemos hoje como a pedra pomes.
![](/sites/default/files/styles/thumbnail_listados/public/resources/resources_do_not_miss/2_22.jpg?itok=dmM5EKWJ)
Esta montanha está à nossa direita ao subir; é um típico domo vulcânico, o melhor exemplo nas Cañadas. A sua formação é produto da saída de lavas muito viscosas, que têm pouco percurso pelo que se acumulam adotando uma forma de cúpula, domus em latim, de onde vem o nome de domo
![](/sites/default/files/styles/thumbnail_listados/public/resources/resources_do_not_miss/3_24.jpg?itok=Vay5Mvjd)
A pedra pomes é muito útil na agricultura e em aplicações industriais, pelo que foi aproveitada no Teide antes de ser declarado Parque Nacional. Estas antigas minas foram restauradas, mas podemos perceber onde se extraiu a pedra pomes pela diferente coloração, mais clara do que o meio.
![](/sites/default/files/styles/thumbnail_listados/public/resources/resources_do_not_miss/4_23.jpg?itok=xwIHNFi4)
Grandes pedras salpicam o último troço da pista, são bolas de acreção, que desceram a rolar desde o desfiladeiro de lava preta que ficou detida no sopé de Teide. Formam-se como bolas de neve, ao desprender-se do braço de lava, rolam e vão somando novas camadas de lava até pararem em baixo do desfiladeiro.
![](/sites/default/files/styles/thumbnail_listados/public/resources/resources_do_not_miss/5_21.jpg?itok=pGAme7m9)
Este evocador nome refere-se ao último ponto onde era possível obter lenha na subida ao Teide, pelo qual os viajantes e exploradores que subiam ao pico paravam aqui para pernoitar e empreender o último assalto ao vulcão, porque estamos a 2.982 metros.
Uma das grandes pedras deste local tem um buraco na sua parte inferior que era utilizado como refúgio natural para dormir.
![](/sites/default/files/styles/thumbnail_listados/public/resources/resources_do_not_miss/6_24.jpg?itok=HibU22BV)
A subida até ao refúgio de Altavista é feito entre dois braços de lava preta, sobre o Teide antigo, com um ziguezague de inclinação muito acentuada. Subimos por materiais que têm uma antiguidade mínima de 32.000 anos, que em termos geológicos é uma minúcia, mas não no Teide que teve atividade vulcânica até à época histórica.
![](/sites/default/files/styles/thumbnail_listados/public/resources/resources_do_not_miss/7_16.jpg?itok=EgmA4lCS)
O refúgio está numa planície rodeada por dois imponentes braços de lava, tão altos que apenas observamos o pico. É o alojamento mais alto de Espanha, adequado para dormir e subir ao Teide ao amanhecer. A visão noturna do céu daqui é simplesmente apaixonante; 35 minutos depois do pôr-do-sol é possível observar a luz zodiacal e a via láctea.
![](/sites/default/files/styles/thumbnail_listados/public/resources/resources_do_not_miss/8_17.jpg?itok=IBtHHqjT)
Neste ponto termina o trilho de Altavista que atravessou campos de leva de grande desenvolvimento, aqui começa o descida ao Pico, se pedimos o autorização. Esta pequena meseta é hoje ocupada pela estação superior do teleférico, e é o ponto onde começa a verdadeira subida à cratera.
![](/sites/default/files/styles/thumbnail_listados/public/resources/resources_do_not_miss/9_9.jpg?itok=7vTcDi4G)
A subida à cratera começa junto à parede de um grande canal de lava, que desde a mesmo borda daquele. Chamar-nos-á a atenção que há pontos desta parede praticamente lisos, correspondentes a lavas mais fluídas, e outros onde apreciamos como se formou o canal por superposição de camadas de lava.
![](/sites/default/files/styles/thumbnail_listados/public/resources/resources_do_not_miss/10_1.jpg?itok=ZqjVWaHG)
Este último troço de subida recebe este nome do grande geólogo canário que a propôs como adequada para subir à cratera. O caminho sobe em ziguezague, aproximando-se da borda do canal de ladeira onde observamos camadas de lavas sobrepostas. Também podemos observar algumas fumarolas, embora menos importantes do que as da cratera.
![](/sites/default/files/styles/thumbnail_listados/public/resources/resources_do_not_miss/10_2.jpg?itok=IdFC9Iwa)
O final da subida oferece-se um duplo espetáculo: a panorâmica e a próprio cratera. Observaremos facilmente as emanações sulfurosas das fumarolas, e depósitos de enxofre no interior, ao que não podemos aceder, da cratera, que em tempos foi explorada para extrair enxofre.
Tenha cuidado se se sentar, que não é recomendado, porque pode manchar a roupa com o ácido sulfúrico que se forma pela combinação das emanações sulfurosas com vapor de água.
- Nunca deixe resíduos de qualquer tipo no meio envolvente, incluindo pontas de cigarro. Os resíduos alimentares contribuem para a proliferação de roedores e gatos selvagens que constituem uma séria ameaça para a vida selvagem.
- Respeite os animais, não os incomode nem os alimente. Se vir algum animal ferido, pode contactar o número de emergência 112. Não arranque flores ou plantas.
- Não apanhe nem leve pedras ou qualquer outro elemento do meio ambiente. Também não o modifique empilhando as pedras para construir as infames "torres".
- Não caminhe em espaços não assinalados e respeite a sinalização dos trilhos. Sair dos caminhos assinalados causa danos ao meio ambiente e também pode ser perigoso para si e para aqueles que o acompanham.
- É mais seguro manter o seu animal de estimação com trela.
- Tente não perturbar a tranquilidade do meio envolvente com ruído excessivo (música alta, gritos...).