Caminho de Jinama

Um trekking marcado pelos grandes desníveis

Situada a norte, entre os municípios de Valverde e La Frontera, a rota de trekking pelo caminho de Jinama escala a escarpa resultante de um dos três grandes deslizamentos que configuraram a ilha de El Hierro. A escarpa divide-se em dois troços bem diferenciados: desde o seu início, junto à igreja de la Candelaria, até à ermida da Caridad, o desnível é muito grande devido à escarpa, enquanto o troço desde a ermida até San Andrés é quase plano e atravessa um local de pasto.

Antiga via de conexão para viajantes e agricultores

Com oito quilómetros e um desnível de 885 metros, o caminho real de Jinama percorre a principal via histórica de acesso a El Golfo, que foi rota chave antes da construção da estrada, nos anos sessenta do século XX. Além dos seus valores geológicos, a vereda destaca-se pelo seu interesse botânico ao percorrer a melhor zona de monte verde de El Hierro. De dificuldade alta devido ao desnível, pode-se fazer em três horas através de empedrados, veredas e caminhos agrícolas. Convém levar roupa e calçado adequados para trekking.

Extensão
8 km
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Localidad
Valverde - Frontera
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Camino de Jinama
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Rota: Camino de Jinama, El Hierro
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Joapira, uma montanha com sinos e uma velha câmara municipal N 27 48 511// W 017 54 884

Este edifício, situado diante da igreja de Candelaria, foi a sede da primeira câmara municipal de Frontera no princípio do século XX. Frontera tornou-se o segundo município da ilha em 1912; até lá, todo o poder institucional da ilha estava concentrado em Valverde.

À frente deste edifício, hoje transformado em bar, encontra-se a igreja de Candelaria, sendo o campanário separado, situado num pequeno cone vulcânico da montanha de Joapira, o que mais se destaca do templo, nas traseiras da igreja. O Caminho de Jinama começa aqui com um primeiro trecho asfaltado, aproximadamente os primeiros quinhentos metros do percurso.

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Rota: Camino de Jinama, El Hierro
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La Casa Blanca N 27 45 260 // W017 59 935

As moradias tradicionais da ilha de El Hierro eram de pedra vista. Caiar era um luxo que não se podia permitir a maior parte das famílias para as suas casas; de facto, o piso costumava ser de terra batida com bosta de vaca.

Daí que a primeira casa caiada do vale do Golfo tenha ganho notoriedade e ficado com o nome de Casa Blanca, recebendo este nome já em 1873. Situada no casario de Los Corchos, esta edificação era um marco na paisagem visto que chamava a atenção pelo seu revestimento de cal, mesmo desde o mar. Hoje passa mais despercebida, embora se possa continuar a ver nela a adusta dignidade da edificação rural tradicional da ilha.

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Rota: Camino de Jinama, El Hierro
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Finca El Pino N 27 45 187 // W 017 59 682

Este pinheiro singular dá nome a uma quinta dedicada ao cultivo da vinha que sobe até aos limites do maninho.  O pinheiro destaca-se não só pelo seu porte vertical mas também porque se encontra fora do seu habitat natural que, nesta ilha, se encontra em geral na vertente sul do cume. Este pinheiro, como outros na encosta, tem a sua origem em sementes que caem ao chão e frutificam entre os excrementos dos pombos bravos que sobrevoam a zona.

De facto, antigamente nesta zona encontrava-se uma das cinco cancelas que se fechavam à noite. A finalidade das cancelas era impedir a passagem dos animais aos cultivos, visto que no maninho havia gado solto, especialmente porcos. A cancela já desapareceu, embora ainda se possa ver onde marcava o limite entre o que era privado e o maninho.

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Rota: Camino de Jinama, El Hierro
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La Piedra Labrada N 27 45 147 / W017 59 651

Esta pedra à beira do caminho parece um altar, tanto pela sua forma retangular e o escalonamento, como pelo facto de ter uma cruz em madeira na parte superior; além disso na lateral é possível apreciar uma grande cruz lavrada.

Esta simbologia religiosa está relacionada com a sua função de pouso dos mortos. Antigamente e até meados do século XIX, as pessoas que faleciam em El Golfo deviam ser transportadas para Valverde para receber sepultura.   Esta pedra era um lugar escolhido pelas comitivas para depositar o falecido e descansar antes de continuar pelo monte.

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Rota: Camino de Jinama, El Hierro
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Barranco de Las Esquinas N 27 45 104 // W 017 59 605

Encontramo-nos junto à ravina em está situada a pedreira de La Helechera, de onde foi extraído o tufo vermelho com o qual eram fabricadas as esquinas de muitos edifícios do Golfo, começando pela igreja de la Candelaria. Descer uma pedra para a construção do templo foi uma obrigação piadosa para as pessoas que seguiam o caminho.

É possível contemplar um generoso exemplar de barbusano, que indica que nos encontramos no âmbito do bosque termófilo húmido, situado abaixo da laurissilva da ilha.  Aqui, o barbusano, assim como o azevinho e outras espécies de arbusto são abundantes. É também chamada laurissilva xérica visto que sobrevive com menos humidade que as zonas de lauráceas mais desenvolvidas.

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Rota: Camino de Jinama, El Hierro
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Mocán de Los Cochinos N 27 35 169 // W 017 59 485

Este exemplar à beira do caminho era um dos raros pontos de descanso visto que aqui o caminho era menos empinado. As características do exemplar tornavam-no ideal para atar os porcos às suas raízes durante as mudanças. Se repararmos, ainda é possível ver as marcas das presas, visto que antigamente existia na ilha de El Hierro uma raça autóctone de porco preto com presas bastante desenvolvidas; hoje esta raça já desapareceu da ilha.

Sendo os porcos assustadiços, muitas vezes eram deslocados durante a noite para que não vissem os desníveis à beira do caminho e para evitar acidentes.

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Rota: Camino de Jinama, El Hierro
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Cruz del Fraile N 27 45 208 // W 017 59 411

Produto de um desabamento, encontramos no meio do caminho esta pedra de dimensões consideráveis e, sobre ela, uma cruz. A tradição atribui-a à lembrança de um frade que sofreu um acidente devido a um desabamento.

A sua presença no caminho recorda que as rotas em falésias como esta de Jinama apresentam sempre um risco de desabamento, especialmente em dias de vento ou chuva nos quais este caminho se torna perigoso.

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Rota: Camino de Jinama, El Hierro
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Mocán de la Sombra N 27 45 227 // W 017 59 337

Os "mocanos" de Jinama são uns dos exemplares mais esplêndidos desta espécie da laurissilva. Ao longo deste percurso, acompanham o caminhante, mas pouco com o porte deste exemplar, cujo tamanho, folhagem e antiguidade lhe conferiram o nome de Mocano da Sombra como um lugar especial para acolher o caminhante.

O Mocano da Sombra também estava relacionado com uma tradição mariana visto que na cavidade do seu tronco era venerado um quadro em relevo da Virgem da Conceição.  Esta imagem mariana chegou a contar com a sua própria festa no caminho, animada com a presença de bailarinos.

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Rota: Camino de Jinama, El Hierro
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El Miradero N 27 45 342 // W 017 59 207

Miradouro natural sobre o Golfo. Daqui eram mandados assobios e berros para avisar de quem descia, e por exemplo que a comida fosse posta ao lume, ou para anunciar a chegada de alguém. Antigamente, a ausência de ruídos artificiais permitia que as vozes fossem ouvidas a maior distância. Também se utilizavam buzinas, feitas com conchas e búzios, tendo cada família o seu toque característico

Também eram utilizadas para o aviso dado quando morria ou se matava um burro. Os jovens que davam esses avisos atribuíam partes do burro a pessoas com as quais queriam ajustar queixas, era uma forma de severa crítica social mandando berros durante a noite que serviam de válvula de escape numa sociedade pequena.

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Rota: Camino de Jinama, El Hierro
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Descansadero de la Virgen N 27 45 416 // W 017 59 063

Jinama também está presente na principal festa da ilha de El Hierro, a descida da Virgem de los Reyes, e a sua peregrinação pelas aldeias da ilha.

A Virgem de los Reyes sai de El Valle na sua visita quadrienal da descida por Jinama, após chegar ao Valle del Golfo pelo túnel de Los Roquillos, tendo em conta o perigo do tradicional caminho de La Peña.

500 pessoas podem acompanhar a Virgem formando um longo cortejo que, desde a descida de 1989, faz uma paragem neste ponto.  É assim conservado um dos costumes tradicionais deste caminho, que hoje se tornou uma das joias das caminhadas pela ilha.

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Rota: Camino de Jinama, El Hierro
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Cueva de las Pipas N 27 45 418 // W 017 59 032

Esta gruta à beira do caminho guarda no seu interior pedras com formas arredondadas que parecem barris de vinho. Estas barricas chamam-se pipas nas Canárias, daí o nome de Cueva de las Pipas. Além disso, a pipa é uma medida habitual na agricultura canária, onde se rega por pipas, que correspondem aproximadamente a 450 litros.

A importância deste ponto é também devida ao facto de que era um lugar de encontro a meio do caminho, onde podia descansar o burro. Aqui, quem subia contava a quem descia novidades do Valle e vice-versa.

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Rota: Camino de Jinama, El Hierro
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O "letime" e a ermida N 27 45 760 // W 017 58 855

"Letime" é uma palavra que passou da língua dos antigos canários para o espanhol e que se refere a um penhasco alto ou falésia. É a borda de um penhasco muito elevado ou a borda de um precipício. Em Isora, o "letime" está marcado pela faca de Jinama, o coroamento de uma barragem vulcânica que indica a passagem de acesso ao caminho que serpenteia pela falésia. Um verdadeiro marco paisagístico que pode ser observado desde o início do caminho real em Joapira.

Encomendar-se a uma Virgem ou a um Santo era tradicional ao tomar um destes caminhos de mudanças. Os três principais – Tibataje, São Salvador e este de Jinama- têm no início da descida uma ermida onde rezar para a descida ou agradecer ao acabar de subir. Em Jinama, a ermida está encomendada à Virgem da Caridade. O pequeno oratório data de 1924 e foi construído com a contribuição de habitantes de San Andrés e Isora, assim como de emigrantes canários em Cuba. 

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Rota: Camino de Jinama, El Hierro
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La Tierra que Suena N 27 46 102 // W 017 58 650

Assim chamaram os habitantes de El Hierro esta parte do planalto de Nisdafe. Este nome provém de um curioso fenómeno vulcânico. Nesta parte norte do planalto, as erupções do conjunto vulcânico de San Andrés devem ter sido muito fluidas e com gazes abundantes, razão pela qual deixaram no subsolo e a pouca profundidade, tubos e cavidades.

Atravessando este trecho com cavalaria, as pisadas ressoavam como se tocassem um tambor, daí esse curioso nome da terra que soa. Este nome tem mais de três séculos, visto que já aparecia nas antiguidades das ilhas de El Hierro de Bartolomé García del Castillo, e manteve-se até hoje, dando-lhe um ar mágico 

Sustentabilidade
Sostenibilidad
- Nunca deixe resíduos de qualquer tipo no meio envolvente, incluindo pontas de cigarro. Os resíduos alimentares contribuem para a proliferação de roedores e gatos selvagens que constituem uma séria ameaça para a vida selvagem.
- Respeite os animais, não os incomode nem os alimente. Se vir algum animal ferido, pode contactar o número de emergência 112. Não arranque flores ou plantas.
- Não apanhe nem leve pedras ou qualquer outro elemento do meio ambiente. Também não o modifique empilhando as pedras para construir as infames "torres".
- Não caminhe em espaços não assinalados e respeite a sinalização dos trilhos. Sair dos caminhos assinalados causa danos ao meio ambiente e também pode ser perigoso para si e para aqueles que o acompanham.
- É mais seguro manter o seu animal de estimação com trela.
- Tente não perturbar a tranquilidade do meio envolvente com ruído excessivo (música alta, gritos...).
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