Poncia. Lolita Flores

No meio de uma densa neblina, Poncia, empregada de Bernarda Alba, murmura no pátio, rezando pela morte de Adela. A casa está envolta num silêncio sepulcral. Poncia fala sozinho, entre súplicas e censuras, dirigindo-se ao céu e às mulheres trancadas em casa. Suas palavras se perdem na neblina, enquanto o vento parece levar consigo o lamento das mulheres. Mas nenhum som quebra o silêncio que reina na mansão, e a voz de Ponciá ressoa como um eco solitário na escuridão.