La Llanía

Uma das veredas mais populares de El Hierro

Uma cómoda caminhada de duas horas é a melhor forma de descobrir os maravilhosos contrastes habituais em El Hierro. A vereda de La Llanía, uma das mais populares da ilha, parte de Valverde, a nordeste, para adentrar-se na paisagem que é quase enfeitiçante. El Brezal, um bosque húmido e cerrado, conduz a caminhos povoados de fetos que levam a terras mais leves e desnudas, e às areias pretas duma das caldeiras melhor conservadas da ilha, que precede à grandiosa paisagem do Golfo. São sete quilómetros de ida e volta com muita magia e beleza.

Conhecer a fonte de La Llanía e o vale do Golfo

Esta versão XL da rota, −é melhor fazê-la com umas boas botas−, começa na fonte de La Llanía. As imponentes urzes e caprichosos líquenes são abandonados ao atravessar no sentido da depressão do Morcillo; a laurissilva fica para trás, e a humidade também. Após passar pela fonte do Lomo atravessa-se uma zona queimada, agora em reflorestação, até chegar a um miradouro com umas fantásticas vistas para a espetacular caldeira da depressão de Fireba. Antes que o vale do Golfo, com os seus descomunais acantilados e rochas de Salmor, ponha a coroa à vereda, há que ver o Bailadero de Las Brujas, um local com lenda.

Extensão
7 km
Localidad
Valverde
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Ruta de la Llanía
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Rota: La Llanía, El Hierro
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El brezal (urzal) N 27 44 163 // W 017 59 827

O sendeiro entra no bosque denominado El Brezal, paradoxalmente com maior presença de faias. A abundante pluviosidade, é o ponto mais chuvoso da ilha, faz com que estas adquiram uma grande envergadura. Primeiro encontramos uma clareira no bosque, cujo nome é La Chapa Pablo. Neste primeiro setor da rota atravessamos um bosque denso de Laurissilva, com uma abóbada vegetal cerrada; o ambiente é húmido, com presença abundante de líquenes e musgos.

Destaca-se especialmente a presença de dois imponentes pinheiros canários, que nos fazem recordar que a presença do “fayal-brezal” (faial-urzal) não deixa de ser uma anomalia nesta vertente de orientação sul, devido ao transbordo das nuvens carregadas de humidade desde a escarpa de El Golfo.

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Rota: La Llanía, El Hierro
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Paseo de Los Helechos (Passeio dos Fetos) N 27 44 033 // W 017 59 985

A rota vira para sul seguindo o leito de um incipiente pequeno barranco. A juventude geológica de El Hierro faz com que a rede de barrancos ainda esteja pouco desenvolvida. Destaca-se especialmente a presença dos fetos na margem do caminho. A espécie mais abundante é o feto comum ou feteira.

É uma das espécies de fetos mais comuns na ilha, as suas frondas – nome das folhas dos fetos - podem chegar aos dois metros. É um feto que tolera a luz e algum calor, pelo que o encontramos nesta zona do bosque com menor humidade.

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Rota: La Llanía, El Hierro
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Curva de las paredes N 27 43 872 // W 017 59 730

Atravessamos a estrada que leva a Hoya del Morcillo, a principal zona recreativa florestal da ilha. Seguimos em zona florestal, mas mudou enormemente o tipo de bosque. A menor humidade faz que as faias tenham dado lugar à urze, menos exigente em relação à humidade e mais resistente à insolação e à seca.

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Rota: La Llanía, El Hierro
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Tablada Montaña La Fuente N 27 43 957 // W 017 59 651

Esta calva de consideráveis dimensões está na base da Montaña de la Fuente.  A palavra "tablada" fala-nos da importância do gado em El Hierro, porque é um termo associado ao mundo pastoril. Tablada é um local onde se reúne o gado, quando está próximo de uma povoação. Associa-se aos matadouros, e era um termo utilizado na Andaluzia.

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Rota: La Llanía, El Hierro
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Fonte de Lomo N 27 11 142 // W 017 59 522

Esta fonte perdida no monte faz parte da história da ilha numa das suas épocas mais duras, a pós-guerra espanhola. Foi construída nos anos 40 pelo Comando Económico das Canárias, para oferecer um bebedouro para o gado. Além disso construiu-se o algibe, para o consumo humano, separando-se o uso do gado do consumo das pessoas. Não está tão longe no tempo, e não desde logo na memória das pessoas mais idosas, a época em que a água chegava em camiões aos algibes das casas ou se ia procurar as fontes com garrafões, às vezes criando-se longas filas devido à pouco água que brotava.

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Rota: La Llanía, El Hierro
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Zona queimada N 27 44 241 // W 017 59 347

Um terrível incêndio queimou, em setembro de 2006, 1.400 hectares do monte de El Hierro. Este troço do sendeiro de La Llanía atravessa uma zona que foi afetada em cheio por este fogo, que foi controlado nesta zona após subir a partir de El Pinar. É interessante verificar como a vegetação vai evoluindo, tanto pela recuperação de alguns pinheiros canários jovens, como pela reflorestação de faial-urzal que pouco a pouco vai tomando corpo.

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Rota: La Llanía, El Hierro
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Hoya de Fireba N 27 44 145 // W 017 59 158

A Hoya de Fireba é uma espetacular caldeira explosiva, que corresponde ao período intermédio da história vulcânica da ilha. É também a caldeira melhor conservada da ilha, porque há apenas três desta tipologia. A caldeira está no centro do vértice das três dorsais que dão forma de estrela irregular à ilha. Esta espetacular cratera tem 259 metros de diâmetro interior e uma profundidade de 110 metros. O seu fundo de cinza vulcânica é plano.

Aceder ao seu interior é um momento mágico, porque o interior da caldeira mantém um halo de naturalidade e silêncio, apenas quebrado pelo sobrevoo das aves. O lado sul da caldeira recebe o influxo dos alísios que ultrapassam a escarpa de El Golfo, o que permitiu o aparecimento de faial-urzal, enquanto que o lado norte permanece quase nu de vegetação. No fundo da caldeira, uma pequena zona foi antigamente utilizada para cultivar batatas de sequeiro, graças a um sendeiro, hoje recuperado, que permitia aceder ao interior da cratera.

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Rota: La Llanía, El Hierro
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Miradouro de Hoya de Fireba N 27 44 565 // W 017 59161

Este miradouro encontra-se no extremo sul da borda da caldeira, mesmo sobre a zona em que se depositaram as cinzas vulcânicas expulsadas pelo vulcão, os lapíli, conhecidos nas ilhas como "picón".  À esquerda do miradouro está o pico de Fireba, que nos dias húmidos apresenta um peculiar contraste cromático. Do miradouro tem-se, nos dias claros, uma excelente vista de outras ilhas como La Gomera e Tenerife. Precisamente por esta borda sul da caldeira, onde assenta o miradouro, passa o caminho da Virgem, no seu longo percurso entre Dehesa e Valverde.  A Hoya de Fireba encontra-se entre os limites de La Llanía e La Mareta, os pontos onde a Virgem no seu percurso é passada de uma localidade para outra. Em La Llanía, El Golfo cede a virgem a El Pinar, para depois a receber em La Mareta, a localidade de Isora.

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O bailadeiro das Bruxas N 27 44 578 // W 017 59 193

Esta pequena planície, que antes da repovoação era uma calva no monte, esteve unida nas crenças populares das bruxas. Tradicionalmente, dizia-se que neste sítio não cresciam árvores porque aí dançavam as bruxas. As práticas mágicas estiveram muito enraizadas no subconsciente dos habitantes de El Hierro e dos canários em geral. Os locais onde as bruxas dançavam denominam-se bailadeiros.

E há em todas as ilhas, embora também se atribua este nome aos sítios onde os aborígenes deixavam o gado sem comida para que balisse pedindo chuva aos deuses.

E daí viria o nome de baladeiro que acabaria por misturar-se com estas práticas de bruxaria em “bailadeiro”.

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Rota: La Llanía, El Hierro
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Miradouro de La Llanía N 27 44 534 // W 017 59 270

Este miradouro é uma excelente varanda natural sobre El Golfo. Em primeiro lugar, vemos os contrafortes com a Laurissilva que trepa pelas paredes, resultado de um enorme deslizamento que conduziu ao fundo do mar uma grande parte da ilha. El Golfo é resultado de um desmantelamento gravitacional, porque a excessiva altura da ilha provocou uma instabilidade que acabou com um gigantesco desabamento. Por isso, vemos as falésias descomunais, em alguns lugares praticamente verticais como os riscos de Tibataje, que têm a sua continuidade no mar nos Roques de Salmor.

À nossa esquerda, vemos uma zona com menos inclinação, é o vulcão Tanganasoga, um dos que contribuíram para preencher a depressão formada pelo deslizamento que deu lugar à zona baixa de El Golfo.

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Rota: La Llanía, El Hierro
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Urze de La Llanía N 27 44 341 // W 017 59 464

Esta urze é uma amostra da importância da chuva horizontal, através da captação da água das neblinas que os ventos alísios impulsionam. Como acontece com o Garoé, os ramos e folhas desta urze condensam e precipitam as gotas de névoa. O cimentado do solo evita que a água se filtre no subsolo e permite encher um algibe situado ao pé da árvore.

Esta água engenhosamente captada é a que alimenta a Fonte de La Llanía, ponto de partida e agora de chegada desta rota pela borda norte da meseta de Nisdafe. Apesar do seu pequeno tamanho, a “nova fonte” de La Llanía mantém-se com água durante todo o ano, ao ponto de haver vizinhos que a levam em garrafões para as suas casas.

Sustentabilidade
Sostenibilidad
- Nunca deixe resíduos de qualquer tipo no meio envolvente, incluindo pontas de cigarro. Os resíduos alimentares contribuem para a proliferação de roedores e gatos selvagens que constituem uma séria ameaça para a vida selvagem.
- Respeite os animais, não os incomode nem os alimente. Se vir algum animal ferido, pode contactar o número de emergência 112. Não arranque flores ou plantas.
- Não apanhe nem leve pedras ou qualquer outro elemento do meio ambiente. Também não o modifique empilhando as pedras para construir as infames "torres".
- Não caminhe em espaços não assinalados e respeite a sinalização dos trilhos. Sair dos caminhos assinalados causa danos ao meio ambiente e também pode ser perigoso para si e para aqueles que o acompanham.
- É mais seguro manter o seu animal de estimação com trela.
- Tente não perturbar a tranquilidade do meio envolvente com ruído excessivo (música alta, gritos...).
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